Sei que agi como uma piranha às vezes, mas eu sempre acabo sentindo a sua falta. Sua e de todas as frases bregas-porém-românticas que você sempre sussurra no meu ouvido. A bajulação pode fazer maravilhas! Inclusive fazer com que eu me apaixone por esse seu jeitinho poeta-melancólico-desgrenhado, pelo menos enquanto a gente se beija e exala paixão por todos os poros. É verdade que você me faz parecer uma pessoa totalmente serena, mas é só com você. E é verdade, também, que eu me arrependo da maioria das coisas que eu te falo. O que meio que explica por que eu sou uma piranha desse tipo a maior parte do tempo. É só você aprender a ver o que eu vejo, docinho. Entretanto, eu gosto de você. Um amor platônico e um tanto intrigante. Sei que os poetas são humildes, e é por isso que você atura todos os meus desequilíbrios emocionais e me ama de qualquer jeito. Embrutecida, lúcida, piranha, malcriada, de arzinho superior, nas últimas. Confesso que eu não sou muito apaixonante, porque posso foder totalmente a sua vida, docinho. Mas você é um artista, e os artistas fazem todo tipo de maluquice.